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sábado, 4 de janeiro de 2014

PSDB pernambucano racha com adesão ao governo Eduardo

A ausência de deputados estaduais tucanos na cerimônia de posse de novos secretários do governo de Pernambuco, que marcou o ingresso do PSDB na base aliada de Eduardo Campos (PSB), nessa sexta-feira, escancarou o constrangimento dos parlamentares oposicionistas com a aliança costurada pelo presidente estadual da legenda, deputado federal Sérgio Guerra. A mudança de lado acabou rachando a sigla, tanto que o deputado Betinho Gomes decidiu renunciar à secretaria-geral do partido, acusando falta de diálogo por parte do presidente estadual.
Sérgio Guerra sentou na mesa de autoridades a apenas duas cadeiras de distância de Eduardo Campos. Estava ao lado do vice-governador João Lyra Neto (PSB) e do secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar. Nem na chegada nem na saída, o presidente estadual do PSDB conversou com a imprensa. No dia anterior, ele disse em entrevista a uma rádio local que apontar o PSDB como partido de oposição “é conversa de babaca”.
Enquanto a cerimônia ocorria, os parlamentares tucanos recorreram às redes sociais para externar seus descontentamentos. Em postagem no seu perfil no Twitter, o deputado Betinho Gomes, até então secretário-geral do PSDB-PE, ironizou as declarações de Sérgio Guerra: “Fiz oposição ao governo estadual, fiscalizei o governo e nunca fui babaca! O que fizemos na Alepe sempre teve o apoio e orientação do PSDB-PE, não fizemos nada escondido”.
No mesmo dia, Betinho decidiu renunciar ao cargo de secretário-geral do partido. “Em função da decisão do PSDB-PE de assumir uma óbvia aliança com o PSB, mas que não contou com a devida consulta aos dirigentes partidários, solicito o meu desligamento da função, voltando à condição de mero filiado à sigla", escreveu, em nota enviado à direção estadual.
Sérgio Guerra não atendeu às ligações da reportagem. Internamente, se tem a leitura de que o gesto de Betinho está ligado a uma possível insatisfação de Elias Gomes (prefeito de Jaboatão dos Guararapes), que já teria externado o desejo de ser vice na chapa majoritária do PSB. Com a ocupação de cargo no governo por tucanos, o PSDB já teria sido contemplado pelo governador.
Daniel Coelho, que é líder da oposição na Assembleia Legislativa (Alepe) há cerca de um ano, afirmou no Facebook que manterá sua postura crítica e independente, mesmo durante a campanha. “Não vou subir no palanque ou pedir votos para nenhum candidato apoiado pelo atual governo. Meu compromisso é o de apoiar apenas a candidatura de Aécio Neves à Presidência da República”, registrou.

Fonte: NE10

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