Em resposta às manifestações populares que tomam conta das ruas do país,
a presidente Dilma Rousseff propôs nesta segunda-feira (24) "cinco
pactos em favor do Brasil" a governadores e prefeitos. As medidas são
nas áreas social, econômica e política.
Na fala inicial durante a reunião, a presidente disse que é preciso unir
forças para o combate e controle à inflação, uma das questões vêm
diminuindo a aprovação de seu governo.
Segundo Dilma, a alta da inflação ainda é reflexo da crise financeira
internacional. "A responsabilidade fiscal para garantir estabilidade da
economia e garantir o controle da inflação. Essa é uma dimensão
importante no momento atual quando a crise castiga com volatilidade toas
as nações", disse.
Em seguida, a presidente propôs um plebiscito sobre a realização de uma
constituinte para uma ampla reforma política que "amplie a participação
popular e os horizontes da cidadania".
Dilma defendeu ainda que a corrupção seja transformada em crime hediondo
e a ampliação da Lei de Acesso a Informação. "Queremos dar prioridade
ao combate à corrupção de forma mais contundente. Nesse sentido,
precisamos de uma nova legislação que classifique a corrupção dolosa
como crime hediondo ".
Mesmo com a resistência da categoria, a presidente anunciou como um
compromisso para melhorar a saúde a importação de médicos estrangeiros
para o SUS (Sistema Único de Saúde).
De acordo com a presidente, as vagas serão oferecidas com prioridade
para médicos brasileiros. As que não forem preenchidas ficarão para os
estrangeiros.
"Sei que vamos enfrentar um debate democrático. Gostaria de dizer à
classe médica que não trata de medida hostil ou desrespeitosa, tendo em
vista que temos dificuldades de encontrar médico para trabalhar nas
áreas mais remotas", disse. Sempre oferecemos aos médicos brasileiros os
médicos e depois chamaremos os estrangeiros. A saúde do cidadão deve
prevalecer sobre qualquer interesse", completou.
A presidente comparou a importação de médicos com outros países. Ela
citou que o "Brasil continua sendo o que menos emprega médicos
estrangeiros", com 1,79% do mercado. Nos Estados Unidos seriam 25% e na
Austrália, 22%. "Enquanto isso, temos hoje regiões que não têm
atendimento médicos. Isso não pode continuar", disse.
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/06/1300469-dilma-propoe-plebiscito-para-reforma-politica.shtml
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