Powered By Blogger

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Cotistas são 44% dos inscritos no Sisu

Brasília – Levantamento do Ministério da Educação (MEC) aponta que quase metade dos candidatos no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) se inscreveram por meio da Lei de Cotas, aplicada pela primeira vez no sistema. Do total de 1.949.958 inscritos, 864.830 optaram pelas vagas destinadas a cotas raciais e socioeconômicas. O número corresponde a 44% dos inscritos no Sisu.

Entre os estudantes inscritos no Sisu pelas cotas, 349.904 candidatos se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas com renda familiar igual ou inferior a 1,5 salário mínimo e 193.238 alunos se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas – independentemente do critério da renda familiar. Baseado no critério da renda familiar abaixo de 1,5 salário mínimo, foram 168.243 alunos inscritos. No critério referente apenas aos estudantes que fizeram o ensino médio na rede pública, foram inscritos 153.445 candidatos.

Com a reserva progressiva de vagas em quatro anos, a Lei de Cotas destina, este ano, 12,5% do total de vagas do ensino superior para estudantes que concluíram o ensino médio na rede pública, alunos com renda familiar igual ou inferior a 1,5 salário mínimo, além de garantir o acesso aos alunos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas. Em 2014, o percentual de reserva sobe para 25% do total. Em 2015, serão 37,5%. O prazo para o cumprimento total da lei termina em 30 de agosto de 2016, quando 50% das vagas serão reservadas para as cotas.

Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o número de inscritos no sistema de cotas “foi um salto extraordinário”. “Oitenta por cento dos alunos que concluem o ensino médio são da rede pública, eles terem feito quase metade das inscrições no Sisu é um passo bastante importante”, disse.

De acordo com Mercadante, o desempenho dos cotistas foi semelhante ao dos alunos inscritos na ampla concorrência. A nota de corte dos alunos cotistas em medicina (geral) ficou em 761,67 pontos, enquanto a nota de corte da ampla concorrência foi 787,56 pontos. Para pedagogia, por exemplo, a nota de corte dos cotistas ficou em 591,58, e a da ampla concorrência, 598,08 pontos. Em licenciatura, a nota de corte dos cotistas foi 606,45 pontos e a registrada pela ampla concorrência ficou em 627,51 pontos.

Fonte: Agência Brasil

2 comentários:

  1. Cotas e subestimação

    Os investimentos prioritários exercidos pelo governo estadual (informática, escolas de referências, integral, entre outras.)
    não justificam mais as cotas, por uma simples razão, respeitando, é claro, o aluno cotista: umcurso superior de qualidade, exige qualidade de ensino nas escolas públicas, pois sem este prequisito nadavai impedir que o aluno enfrente as mesmas dificuldades dos aluno não cotistas. Nós todos sabemos que o ensino superior não vai ser diferenciado para o aluno, cotista ou não, pois neste caso seria “chover no molhado”.Ser aprovado em um vestibular com notas
    abaixo dos requisitos normais não vai tornar esse aluno em algo de muito especial, mas sim, pelo contrário, ele terá muito mais dificuldades no aprendizado, e por que não dizer discriminados? Temos exemplos de alunos que antes desse sistema de cotas esti-
    veram destaques, mesmo vindo de classe de baixa renda, escolas públicas. Seria interessante rever os fatores socioeconômicos envolvidos neste tema e redefinir as estratégias de ensino extra escolar como o Projeto Rumo à Universidade, o Prouni, etc..

    Breno dos Santos-Gravatá

    ResponderExcluir