O Brasil se prepara para
adotar, em breve, um novo modelo de ensino médio. Estão nos gabinetes de
Brasília propostas para melhorar a qualidade das séries finais da educação
básica. O documento, entregue na semana passada ao ministro da Educação,
Aloizio Mercadante, pelos representantes do Conselho Nacional dos Secretários
de Educação (Consed), propõe medidas para tornar essa fase do aprendizado mais
atrativa para os jovens.
Implantar o sexto horário nas escolas,
fazer uso de novas tecnologias e integrar as disciplinas por áreas são alguns
dos desafios lançados para o próximo ano. A reformulação do currículo vale para
todas as redes de ensino.
Mas a particular tem a
vantagem de já ter começado esse ensaio, principalmente depois de as
universidades federais, como a de Minas Gerais (UFMG), adotarem o Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem) como forma de ingresso. De qualquer maneira, as
mudanças seguem como um desafio.
O documento em avaliação deve
servir de base para ações de curto, médio e longo prazos, a serem desenvolvidas
pelo Ministério da Educação (MEC). A base é a reforma curricular e a ampliação
da educação em tempo integral, além de mais investimento em infraestrutura. Na
nova grade de currículo, o MEC espera uma articulação interdisciplinar, de
forma que as matérias sejam organizadas em atividades integradas por eixos de
referência: trabalho, ciência, tecnologia e cultura. Já as disciplinas deixam
de ser isoladas para dialogar em áreas, a exemplo do que ocorre no Enem:
ciências da natureza, humanas, linguagens e matemática. Diretor do Colégio
Arnaldo, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, e consultor do MEC, Geraldo
Júnior dos Santos diz que, na verdade, as propostas são a concretização de
medidas que já são aguardadas há muito tempo. As áreas de conhecimento estão
previstas na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) desde 1996, bem como o Enem
(previsto na legislação como uma avaliação da educação básica em nível
nacional).
“O MEC vai agora seguir uma determinação que já existe”, afirma.
“O MEC vai agora seguir uma determinação que já existe”, afirma.
Diario de Pernambuco, segunda-feira. 10 de
dezembro de 2012
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