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terça-feira, 5 de junho de 2012

Emprego na indústria tem em abril a maior queda em três anos

O emprego no setor industrial caiu 0,6% em abril frente a março, de acordo com dados sem efeitos sazonais, na maior queda do índice desde abril de 2009. As informações são da pesquisa Indicadores Industriais divulgada nesta terça-feira, 05.06, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). “O indicador de emprego, que estava praticamente estável nos últimos meses, teve um recuo bastante acentuado em abril”, destacou o economista da CNI Marcelo de Ávila.

Outros indicadores diretamente ligados à produção, como horas trabalhadas e utilização da capacidade instalada (UCI), também recuaram em abril na comparação com março. Após três meses consecutivos de crescimento, as horas trabalhadas na indústria diminuíram 0,6% no período, segundo dados dessazonalizados. Em abril, a indústria operou, em média, com 81% da capacidade instalada, um recuo de 0,5 ponto percentual sobre março, descontados os fatores sazonais. Foi o terceiro mês consecutivo de queda da UCI.

Na direção contrária está o indicador de faturamento, que cresceu pelo terceiro mês seguido, registrando mais 0,2% em abril na comparação com março, pelos dados sem efeitos sazonais. O gerente-executivo da Unidade de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, explicou que o descolamento do faturamento com a atividade industrial se explica pelos estoques indesejados, que crescem desde o início do ano passado. “Além disso, a taxa de câmbio ainda estava muito valorizada em abril e pode ter provocado um aumento de matérias-primas importadas na produção”, completou.

Os salários e o rendimento médio dos trabalhadores da indústria recuaram em abril diante do mês anterior. A massa salarial caiu 3,9% no período, pelo indicador sem ajuste sazonal. Segundo a pesquisa, foi a maior queda dos salários para meses de abril desde 2006.

Já o rendimento médio diminuiu 3,7% em abril frente a março, sem ajuste sazonal. Os Indicadores apontam que a queda do rendimento de abril segue o padrão registrado para esse mês em anos anteriores.

Fonseca disse que os problemas enfrentados pela indústria poderiam ser ainda mais graves se não fossem as medidas emergenciais adotadas pelo governo desde o ano passado, nas duas edições do Plano Brasil Maior, como desoneração da folha de pagamento e estímulo aos investimentos. “Essas medidas tentam reverter esse quadro, mas o momento é de muita incerteza por causa da crise econômica na Europa, que pode gerar problemas de liquidez”, concluiu o gerente de Pesquisa e Competitividade da CNI.
Fonte Blog do Jamildo

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