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quarta-feira, 4 de abril de 2012

Tremor de terra em Caruaru

Caruaru ganha terceira estação da UFRN para medir atividade sísmica

Novo ponto de medição fica a menos de dez quilômetros da área urbana.
Ideia é precisar locais de origem dos tremores que a cidade vem registrando.

UFRN instala 3ª estação em Caruaru (Foto: Divulgação)Estação fica em uma propriedade privada próxima
à área urbana de Caruaru (Foto: Divulgação)
Deve entrar em funcionamento nesta quarta-feira (4) mais uma estação sismográfica em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. A cidade, que vem registrando tremores de terra nos últimos anos, já possuía dois pontos de monitoramento mantidos pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O diferencial desta terceira estação, segundo o professor Eduardo Alexandre, do Laboratório Sismológico da UFRN, é que ela fica mais próxima – a menos de dez quilômetros – da área urbana de Caruaru. “Quando os terremotos ocorrem em áreas remotas ou rurais, onde há poucas casas, o efeito é mais emocional. Os danos são maiores quando há concentração de prédios mais altos”, explica.
A instalação da parte física da estação foi concluída nesta terça-feira (3), em uma propriedade privada, no sítio Lajedo do Baixio. Nesta quarta, a previsão é de que o link de internet comece a funcionar, permitindo o monitoramento em tempo real de toda a atividade sísmica na cidade. “Nessa região há mais de uma área com tremores. A gente agora vai ter uma melhor definição dos locais em tempo mais rápido”, afirma Eduardo Alexandre.
A nova estação faz parte da rede permanente de estações sismográficas da UFRN. “Ela foi escolhida em função do local, que tem segurança, baixo nível de ruído, boa qualidade de sinal e é acessível durante todo o ano. Fica mais ao norte das outras duas estações”, detalha o professor. A estação é automática, gera os dados gravados internamente simultaneamente aos dos outros pontos. Segundo o professor, o sensor de três componentes, sendo dois verticais e um horizontal, garantindo a percepção de tremores de intensidade bem leve, abaixo do nível 1 na escala Richter. “Elas também são capazes de detectar tremores de grau 5 em diante em qualquer parte do planeta”, esclarece Eduardo Alexandre.
O trabalho da UFRN de monitoramento da atividade sísmica no interior do Brasil é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ). A rede montada atualmente vai da Bahia ao Piauí, com mais de 50 estações. Em Pernambuco, há estações em Gravatá, Caruaru, Sanharó, Tacaratu, Sertânia e Rio Formoso. Segundo o professor, os locais onde houve atividade sísmica recente são, além de Caruaru, pontos do Ceará, Rio Grande do Norte e o Recôncavo Baiano.

Fonte G1PE

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