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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Este ano, candidatos já gastaram R$ 1 bilhão em campanhas

Com apenas dois meses de campanha nas ruas, os candidatos a prefeito e a vereador pelo país gastaram R$ 975 milhões para conquistar votos do eleitorado, o equivalente ao orçamento aprovado pela Câmara para o Plano Brasil Sem Miséria para este ano. O valor se refere à segunda parcial das contas dos candidatos divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (STE), que vai de 6 de julho a 6 de setembro.
Segundo o cientista político Vitor Peixoto, doutor em financiamento público de campanha, essas despesas devem chegar a cerca de R$ 3 bilhões ao fim do segundo turno, em 28 de outubro. Essa previsão representa um aumento de 33% nos gastos da campanhas em relação às eleições municipais de 2008 (R$ 2,2 bilhões). Nesses dois meses, foram desembolsados, por exemplo, R$ 22,3 milhões na produção de jingles e vinhetas; R$ 45 milhões para contratar carros de som; R$ 3,7 milhões em fogos de artifício e rojões; e R$ 2,2 milhões para contato de telemarketing.

Num país que padece de Educação, Saúde e Saneamento, com 16,2 milhões de miseráveis (8% da população vive na pobreza extrema, com renda per capita de R$ 70 por mês), especialistas perguntam se os gastos são compatíveis com a realidade brasileira. Os candidatos gastaram R$ 15,5 milhões por dia, em média, desde o início das campanhas.

"Poderia ser mais barato, é claro que sim. Mas como não existem limites (para os gastos), quanto mais acirrada é a concorrência entre candidatos, maiores são as despesas. A única solução para levar esses números a um patamar decente é o Congresso aprovar uma lei estabelecendo um teto para os gastos", disse Marcus Figueiredo, do Instituto de Estudos Sociais e Política (Iesp), ligado à Uerj.

Fonte: Agência O Globo 

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